por que será que eu insisto em beber,

apesar de saber que meu fígado não suporta. no calor da hora, enquanto amigos estão ali em casa compartilhando alegrias, contando alguns aborrecimentos (em geral, leves - afinal, algo tem que ser moderado e esse algo não é a bebida), nem me lembro que tenho fígado. Eu aproveito para rir muito quando "tudo" que eu ingeri começa a fazer efeito, mesmo depois que meu marido - notando que eu já bebi demais - me traz um copo de guaraná. estou feliz. plena. realizada. com a casa cheia, a cabeça esvaziando na mesma rapidez que meu copo de vinho numa quarta-feira véspera de feriado. até que dou PT (perda total) e não me despeço dos últimos convidados. capoto. para acordar no dia seguinte, feriado e...

... não conseguir sequer abrir o olho. abrir tudo bem, vai. agora, o simples movimento do globo ocular já caracterizava uma dor de cabeça infernal. e a sede? e a sensação de que apanhei igual uma condenada? não dá nem pra chamar de mal-estar o que eu senti até o sol se pôr no feriado de 7 de setembro, há exatos 21 dias do meu aniversário. mas até que eu tive sorte: dessa vez, era feriado, não tinha que ir trabalhar. pude ficar em minha cama durante o dia todo, quase sem me movimentar, com exceção dos movimentos bruscos que me obrigavam a correr até o banheiro toda vez que o dever (vulgo vômito) chamava. e o resultado só não foi pior porque o cigarro acabou antes do tempo e, como o frio era intenso, ninguém se animou a sair pra reabastecimento. porque a pior ressaca ainda é a de cigarro, principalmente para fumantes de ocasião como eu.

como disse, numa quinta-feira que não tarda, faço 29 anos e devo comemorar o meu último ano antes de me tornar balzaca de vez... espero até lá me lembrar deste último porre, pois na sexta seguinte, trabalho.