sexta-feira, agosto 11, 2006

E por falar em sentimento, e por pensar em poesia...


Comecei a reler uma entrevista que fiz com minha avó de 82 anos (na foto acima, entre Eva e eu) que nunca foi à escola. Acho que devo compartilhar com quem por aqui andar:

“Uma história engraçada do Zé de Biduca, o professor ensinava a soletrar en-xa-da, ele não conseguia dizer o que era. Dava dica: Zé, você trabalha com ela... e ele respondia: é foice. Soletrava enxada e falava foice.”

“Minha irmã Enedina risca o nome porque ela fazia bordado, porque era treinada em fazer flor, mas nunca foi na escola não. Eu aprendi porque meu marido me ensinou. Todo dia ele me ensinava e, quando eu não aprendia, ele me dava croque na cabeça, nos dedos. Ele tinha vergonha de ser casado com uma moça analfabeta. Então, se ele não morre, eu sabia ler.“

Você sentiu falta em não ter estudado?
Muito. É a coisa que eu mais queria que meu pai tivesse me dado. Eu gosto muito de ir pra igreja, pra missa e eu conheço todas as letras, mas não sei juntar pra ler o livro da reza.

O estudo é bom pra quê? No que a pessoa vai mudar a vida?

A minha vontade e tenho sentimento de não saber ler porque se eu soubesse ler, pegava um livro e via tudo o que tinha, pegava um jornal... ia distrair muito a minha cabeça. Como eu não sei, com o que eu distraio?

quinta-feira, agosto 10, 2006

nas férias, vi com Paulinho, Dri e Jan


uma obra-prima: Eu, você e todos nós.
Cenas: encontro do casal da internet no banco da praça, o trajeto do peixinho pelos tetos dos carros, a caminhada do casal principal da loja até os carros, a menina da foto que faz enxoval. Há tanto sentimento nisso tudo...