terça-feira, setembro 27, 2005

véspera é um problema...

que o diga o peru.
... ou eu, né. afinal, amanhã fico mais velha.
e o único lado bom disso tudo é que o inferno astral acaba.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Escala de compromissos

Quando a pessoa diz:
Hei de resolver o seu problema
Ela quer dizer:
Virou uma questão de honra pra mim
(COMPROMISSO MÁXIMO)
Quando a pessoa diz:
Resolverei seu problema
Ela quer dizer:
Solução será dada, mas no futuro
(COMPROMISSO É FORTE, MAS NÃO TANTO)
Quando a pessoa diz:
Vou resolver seu problema
Ela quer dizer:
Se tudo der certo, eu resolvo
(GARANTIA RELATIVA)
Quando a pessoa diz:
Vou estar resolvendo
Ela quer dizer:
Pode desistir
(COMPROMISSO MÍNIMO)*
(fonte: Sírio Possenti / Unicamp)
* Lembre-se disso da próxima vez que ligar para qualquer SAC.

terça-feira, setembro 20, 2005

não quero

me desculpar quando não me sinto culpada
dormir com fome por preguiça de cozinhar
deixar de dormir por estar com insônia
brigar com meu amor
estrias e espinhas
sentir saudade

sexta-feira, setembro 16, 2005

eu quero

amar as pessoas
perdoar
ouvir mais e falar menos
não criar inimizades
me divertir
achar a vida boa
me sentir jovem, mesmo sabendo que o aniversário ta chegando...

quinta-feira, setembro 15, 2005

loucos e santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim:
metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios,
crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade"
é uma ilusão imbecil e estéril.

(Oscar Wilde)

vivo num circo...

não. não vou falar da palhaçada que está acontecendo em Brasília. vou falar de mim mesma. afinal, como meus fiéis leitores já tomaram conhecimento, o inferno não são os outros, como diria o grande Sartre, para mim, o inferno está lá em cima, nos astros.

bom, e onde entra o circo? eu estou sentindo que vivo numa imensa cama elástica, com nariz, peruca, meião colorido e sapato bicolor. e pulo e pulo e pulo o tempo todo. mas esses pulos não estão sincronizados com os pulos de quem pula junto comigo. cada um pula numa altura, numa intensidade e num momento diferente do meu. mas não consigo ver isso tudo com uma saudável troca de experiências, cada um mostrando o que pode fazer de novo no seu pulo... vejo como algo fora de ritmo, descompassado... e isso vai me deixando sem forças para continuar...

vou tentar pular para fora da cama elástica e calçar longas pernas de pau para, com elas, correr mais rápido para bem longe desse picadeiro...

e, quando voltar, que volte com o equilíbrio necessário para tentar a corda-bamba.

terça-feira, setembro 13, 2005

retrospecto

Se estivéssemos em 1985, eu acordaria feliz da vida e iria para a escola. E, quando chegasse, passaria a tarde toda na casa da “tia”, brincando, vendo tevê e comendo bolinho de chuva ou pipoca. Aos fins de semana, acabava com o pote de New Wave, um gel colorido, que a Nina, minha irmã usava.

Em 1989, me sentiria adulta só porque estava na 5ª. série. Estudava à tarde e tinha uns trocos pra gastar na lanchonete, já que arrumava a cama dos meus irmãos e ganhava (humpf!) por isso.

Em 1991, usaria calça bag (ou saintropeito, como costumo dizer hoje em dia) com a camiseta por dentro e tênis Nike Air, e barbarizaria enquanto o professor não entrava na sala. Depois, discutiria política com o Vicente, professor de Educação Moral e Cívica (ou seria OSPB)? Já nas aulas de Educação Física, há muito que o professor Tião me tinha como secretária. Com isso, fazia a chamada dos colegas e não precisava jogar vôlei, nem basquete, nem correr... o máximo que fazia era pegar as bolas e os bambolês pra galera.

No ano seguinte, já na 8ª. série, brincaria de jogo da verdade e riria depois com minhas amigas de todos aqueles meninos espinhentos que nunca beijaram ninguém e diziam que não eram mais virgens. Aí começou todo o meu conhecimento teórico sobre o assunto...

Em 1993, era uma mulher semi-independente. Aos 15 anos, estudava à noite. Na verdade, não gostei muito. Nunca fui notívaga. Sempre ficava sonada na aula e, quando “cabulava”, era pra ir pra casa dormir... foi nessa época que eu, a Bel, a Ro e a Jana, minhas fiéis escudeiras, sentimos pela primeira vez cheiro de cigarro de cravo e juramos que era maconha... tudo bem, tudo tem sua hora, momento e lugar.

Em 1994, ri da Ro que arrumou um bombeiro na escola. Também aquela menina tinha um fogo que só um cara com uma profissão dessas daria conta. Foi neste ano que comecei um namoro, comecei um trabalho e terminei o francês... Do primeiro ao último ano do colégio, fui monitora de classe. Dois pontos, explico: passava matéria do professor que daria a última aula, caso algum professor faltasse. Era divertido, me sentia meio professora.

Em 1995, me formei do colégio. Não passei no vestibular e fiquei, no ano seguinte, sem estudo, sem namorado, mas com uma vontade louca de dançar. E como dancei. Eu e Gisela formávamos uma ótima dupla. Lustrei muito chão por aí com a sola do sapato.

.....

Estamos em 2005 e muita coisa mudou nestes 10 anos. Me formei, mudei várias vezes de trabalho, encontrei o amor da minha vida, casei, virei mutuaria da casa própria, conquistei novos amigos... cresci... mas continuo com vontade de comer bolinho de chuva, de “cabular” aula pra ir dormir e de rever velhas amizades.

segunda-feira, setembro 12, 2005

quando tirei o domingo inteirinho para mim...

eu simplesmente dormi, vi filmes, terminei a leitura de um livro, fiquei de preguiça.

mas antes já tinha tirado a sexta pra mim e pra rever velhas amizades.

já tinha tirado a manhã de sábado pra mim e pra primeira aula de natação...

mas o domingo, ah, o domingo...

há muito o corpo pedia descanso! implorava uma cama. um colo. televisão. comédia francesa. bolo de chocolate ou sorvete de flocos. consegui dar tudo isso pro corpo e deixar a alma mais satisfeita.

sexta-feira, setembro 09, 2005

é tão bom

entrar no site da Receita Federal e ver que meu nome está no quarto lote da restituição do Imposto de Renda...

quinta-feira, setembro 08, 2005

eu adoro

brincadeiras como essa

máxima do dia

é melhor cuspir no prato que se comeu do que comer no prato que se cuspiu.

segunda-feira, setembro 05, 2005

olhar pra dentro

e descobrir que tudo pode ser resolvido.
olhar pra fora e ver que há pessoas que sempre te querem por perto.
só isso é capaz de melhorar meu astral.

* post dedicado a Paulinho que sempre me ajuda a resolver as coisas dentro e fora de mim e a Gabi Schawb que acaba de me convidar para uma viagem...

quinta-feira, setembro 01, 2005

Inferno Astral

venho por meio deste post informar a todos que estou iniciando o período conhecido como “inferno astral”. se houver alguma pessoa sensata entre vocês que nem ao menos saiba o que vem a ser isso, é importante que eu gaste duas linhas para explicar o significado do termo: inferno astral é o período de 30 dias que antecede a data de seu aniversário.

de longa data, tenho problemas sérios nesta data... é quase uma TPM que dura um mês inteiro: fico sujeita a mudanças bruscas de humor, a uma tristeza dilacerante, permeada por momentos de euforia mágica. mas principalmente tristeza. na semana final, então, arrasto correntes por aí...

ontem tive minha primeira crise. chegando perto de casa, fui tomada por uma vontade louca de ficar trancada no quarto durante o mês inteiro em posição fetal, rezando para que o mundo esquecesse minha existência. acontece que não vivo só e Paulinho tantas fez que me obrigou a sair do estado letárgico que estava... me pôs ao seu lado, me aconchegou no sofá-cama e colocou uma história bonita e triste pra gente ver.

a alma ainda ta triste e o olho, inchado. quando perguntam, digo que dormi demais. Engano os outros, mas não a mim...