segunda-feira, outubro 24, 2005

é bom perder o medo...

e ter vontade de ir pro sesc mesmo quando não há aula...

se não tivesse tantos iates,

poderia ser a imagem ilustrativa do que David Galasse colocou aqui.

não conta pra ninguém, mas isso é ilha bela e não uma cidade litôranea da Colômbia.

e no sétimo dia

não houve descanso, pois minha mente não parou de trabalhar...

terça-feira, outubro 18, 2005

a morte do leiteiro ou o referendo...

Há pouco leite no país,
É preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
É preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
Que ladrão se mata com tiro.

Então o moço que é leiteiro
De madrugada com sua lata
Sai correndo e distribuindo
Leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas,
E seus sapatos de borracha
Vão dizendo aos homens no sono
Que alguém acordou cedinho
E veio do último subúrbio
Trazer o leite mais frio
E mais alvo da melhor vaca
Para todos criarem força
Na luta brava da cidade.

Na mão a garrafa branca
Não tem tempo de dizer as coisas que lhe atribuo
Nem o moço leiteiro ignaro,
Morador da rua Namur,
Empregado no entreposto,
Com 21 anos de idade,
Sabe lá o que seja impulso
De humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
Vai deixando à beira das casas
Uma apenas mercadoria.

E como a porta dos fundos
Também escondesse gente
Que aspira ao pouco leite
Disponível em nosso tempo,
Avancemos por esse beco,
Peguemos o corredor,
Depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
Que barulho nada resolve.

Meu leiteiro tão sutil,


De passo maneiro e leve,
Antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
Sempre se faz: passo errado,
Vaso de flor no caminho,
Cão latindo por princípio,
Ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
Resmunga e torna a dormir.

Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
Não quis saber de mais nada.
O revólver na gaveta
Saltou para sua mão.
Ladrão? Se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
Liquidaram meu leiteiro
Se era noivo, se era virgem,
Se era alegre, se era bom,
Não sei,
É tarde para saber.

Mas o homem perdeu o sono
De todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
Também serve pra furtar
A vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame o médico,
Polícia não bota a mão
Neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
A manhã custa a chegar,
Mas o leiteiro
Estatelado, ao relento,
Perdeu a pressa que tinha.

Da garrafa estilhaçada,
No ladrilho já sereno
Escorre uma coisa espessa
Que é leite, sangue...não sei.
Por entre objetos confusos,
Mal redimidos da noite,
Duas cores se procuram,
Suavemente se tocam,
Amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.


Carlos Drummond de Andrade

é tão cansativo

ter que driblar a galera para falar um simples oi virtual para um amigo distante...

sexta-feira, outubro 14, 2005

3 anos e meio


quero a casa arrumada e flores no vaso.
quero que você abra um vinho argentino ou uma cerveja gelada.
quero escolher uma música bem bonita pra tocar.
quero tomar um banho demorado, me enxugar calmamente e passar hidratante.
quero me arrumar pra você.
quero acender as velas e um incenso de pêssego.
quero conversar com calma, sentados um de frente ao outro.
quero que a gente ria, quero contar o que acontece na minha vida e ouvir o que passa na sua.
eu quero você sempre.
e agradeço por estar contigo há todo esse tempo.
te amo, meu amor!

hoje tem palhaçada?



não, hoje não tem... mas na Argentina teve e muita...

quinta-feira, outubro 13, 2005

e viva Buenos Aires!!! e viva Caro e Laurita!






E viva las chicas Caro e Laurita que nos receberam tão bem!

terça-feira, outubro 11, 2005

podem falar o que quiser,

mas os argentinos são o povo mais chic, arrumado, europeu e educado da América Latina. eles têm um ar de cultura, parecem conhecer tudo e, pasmem!, nos tratam tão bem que dá até raiva. e amam o Maradonna mesmo com todos os seus defeitos... amam tanto que colocam sua foto sobre a televisão da casa, como se fosse um Buda ou um Santo de adoração.

os argentinos festejam muito e se alegram facilmente. eles falam muito rápido, fazem amizade rápido e adoram uma conversa... mesmo quando não entendem o que falamos, se esforçam para estabelecer a comunicação.

eles comem muito bem, bebem muito bem e dançam muito bem tango. pelo menos os profissionais...

a Argentina é mais perto de São Paulo do que a Bahia. não sei se é mais bonito do que lá, pois não conheço, mas posso dizer como boa filha de baiano que o lugar é porreta.

lá, na Argentina, você anda a pé, de táxi, de ônibus... e tudo te parece tão lindo e familiar...

ai que saudade! volto logo, Argentina. me aguarde!

"Por una cabeza"

quarta-feira, outubro 05, 2005

e eis que chega o dia!

depois de um longo e tenebroso inferno astral, é hora de aproveitar o presente que gabi e eu nos demos: pegar nossos panos de bunda e dar banda por aí.

a ansiedade quase não me deixou dormir direito esta noite, mas agora que a hora tá chegando, dá vontade de desistir, de ficar com meu amor, com meu trabalho e com meus amigos. mas aí, paro, penso e lembro do estresse que estava, de mais de 3 anos sem férias, de tanto tempo sem viajar, respiro fundo e vou. mas vou com a vontade de encontrar tudo no mesmo lugar e todo mundo me esperando quando voltar.

é, caros, tô indo ali e já volto. coisa rápida, mas necessária. e, na semana que vem, atualizo as novidades.

vou colher novas histórias, novas experiências, em uma bela e "Buena" mudança de "Aires".

beijos e até a volta!

P.S.: Paulinho te amo e vou pensar em você todos os dias. não chora.

terça-feira, outubro 04, 2005

não há nada pior

do que abrir os comments e ver que no lugar de um comentário bacana de um amigo seu, ou mesmo de um anônimo que entrou ali por acaso, tem um spam de alguém querendo vender anti-vírus ou algum equipamento para aumentar o pênis (que eu não tenho!).

por isso, meus caros, a partir de agora vou tentar burlar os inconvenientes. quem quiser postar, digite os números e letras no lugar correspondente e manda vê. tô esperando!!!

acróstico para alguém especial

Racionalizar o que
Observo ao olhar para a
Beleza que
Emana de ti
Requer muito
Trabalho. Um trabalho
Árduo.

por isso, Roberta, não vou queimar neurônios racionalizando, mas sentindo apenas. e retribuindo com carinho o carinho que a cada dia você me brinda simplesmente por existir...

o aniversário passou...

mas deixou saudade...
nunca quero que ele venha, mas quando vem eu gosto.
gosto do carinho dos amigos e parentes,
dos desejos sinceros de felicidades,
dos presentes...

meu ano começou agora e vem recheado de novidades.
recheado de recentes e bons amigos.
recheado de amor e vontade de viver.
e longe do inferno astral.